terça-feira, 31 de janeiro de 2012

As trilhas da vida...



Existem coisas que devem ser feitas antes dos 30, as trilhas em meio a natureza são uma delas. De qualquer forma no último sábado resolvi na parceria encarar um mato em Itaara, subir e descer algumas encostas em busca de aventura e umas cachoeiras divinas. Foi bom, mas a dor no corpo que se sucedeu depois me disse que eu preciso das duas uma ou fazer mais vezes isso, ou aumentar o número de relaxantes musculares depois de algumas destas peripécias...
Mas lá naquele lugar rodeada de árvores, ar puro, pedras e o canto dos passáros me ocorreu algumas coisas pra compartilhar aqui...me ocorreu que a vida também tem dessas trilhas...que muitas vezes queremos passar para o lado de lá e tem um morrinho na frente daqueles bem resbalentos que a gente sabe que se errar o pé tende a se esburrachar no chão e que vai doer á isso vai...porque cair sempre dói um pouco...
E tem vezes que não dá coragem, que pensamos aonde eu vim me enfiar que dá vontade de dar meia volta vou ver, mas que tem um alguém que te diz vem eu te ajudo, e estende a mão e te puxa com força e te mostra que sempre podemos ter uma mão amiga disposta a nos ajudar a transpor as barreiras que encontramos. Mas nessas trilhas o mais valoroso é quando chegamos onde queríamos, é quando percebe-se que valeu a pena o esforço de subir, de correr o risco de ás vezes levar um escorregão, sabe aquela hora que visualizamos a tal vista prometida no caso da trilha do sábado: as tais cachoeiras lindas lindas, mas na nossa vida pode ser um sonho realizado, um diploma conquistado ou até o nosso ser amado!Pode ser aquele problemão que resolvemos com muito esforço, pode até ser uma decisão que tomamos pensando que seria errônea e depois deu tudo certo no final, pode ser aquela promoção no trabalho que conseguimos e que sabemos ser muita responsabilidade mas que desenvolvemos com paixão e afinco...
Enfim o importante é que essas trilhas na nossa vida, com obstáculos e incertezas nos levam além...além do lugar comum, além do tédio elas testam nossas condições fisicas e nosso equilibrio e nos mostram que podemos sempre vislumbrar um arco-íris atrás da cachoeira. E que tenhamos fôlego e coragem para muitas dessas aventuras...
Ps: mas que ás vezes dói, dói...e que ás vezes a gente caí, cai mas depois a gente tenta de novo e de novo...

se tu nao estas aqui

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A vida é um demorado adeus...


Tem gente que bebe, que chora e que se lamenta quando está triste. Eu escrevo, ouço música boa, sorvo de um café e escrevo: escrevo porque tem coisa que só num papel é que consigo transpor. Hoje minha tarde está cinza, a chuva molha a vidraça e dá uma amenizada no calor. Pra ficar ainda mais desconcertante recebo uma noticia, noticia esperada, noticia certa de algo que ia me fazer balançar. Noticia que vem ás duas horas da tarde de uma terça feira modorrenta e que ceifa possibilidade de continuar sorrindo adoidada. Noticia que meus sonhos tépidos não irão se concretizar, aquelas mensagens de que ok você acordou do sonho garota e que a realidade bate a porta dizendo que o fim está próximo.
Porque não consigo crêr que as coisas acontecem como devem acontecer? e que tudo tem uma razão e que o no fim tudo dá certo? porque neste momento me encontro desesperançosa com relação a assuntos relacionados a um cotidiano feliz? ás coisas tendem a se ajeitar eu sei...uns dizem nada como um dia após o outro mas agora não quero mais nem um dia, não quero ter que acordar sabendo que o depois não me deixara perto de quem eu quero.
Quero poder olhar demoradamente para os pingos lá fora e deixar que esses levem essa coisa ruim que estou sentindo...a vida é um demorado adeus e o Renato Russo ja dizia temos que amar as pessoas que se não houvesse amanhã mas planificar o futuro é importante...um futuro feliz então. De qualquer forma hoje não haverá nada que me faça sorrir é só hoje e isso passa.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

BBB: Barbaridade, banal e de uma total falta de bom senso...

Ás câmeras estratégicamente colocadas afim de matar a curiosidade alheia sobre os anônimos brothers, infelizmente reproduziram um ato de violência sexual que está dando o que falar. Eu particularmente não vi, porque julgo o Big Brother Brasil a mais pura poluição visual que um canal televisivo pode propagar, mas o assunto está permeando uma discussão a cerca de machismo e padrões comportamentais que muito me interessa, por isso esta delonga...
A vitima de tal fato era uma mulher: se está no BBB, já sabe-se que deve ser o estereótipo da beleza consumista deste nossos padrões mercadológicos atuais, ela em uma festa regada as mais diversos tipos de biritas afim de sim facilitar o entrosamento e gerar audiência garantiu a cena em que um homem "agressor", abusa sexualmente de uma mulher aproveitando que está está dormindo.
A afetividade, as caricias e tudo o mais que pode acontecer entre pessoas que se desejam e se permitem é algo natural que independente de câmeras está no mundo, porém a forma como esse processo se dá é que está nas entrelinhas do que nosso direito positivado diz que pode ou não pode ser feito.
Neste caso as evidências são claras e estão na internet pra qualquer criança ver como se dá uma agressão sexual.
Este homem não se importando nem com milhões de pessoas que iriam assistir não pestanejou e partiu pra cima de uma mulher desacordada, sem que está o deseja-se e permiti-se, concenti-se tal prática sexual que não foi de "penetração derrepente" , mas que foi de poder...de tocar de se aproveitar... Imaginem o que um cara desses faz, quando tem certeza de que ninguém está olhando?
Com isso me lembrei de uma cena terrível que eu infelizmente vivenciei, está inclusive num post do mês de Novembro de 2010 se alguém quiser os detalhes sórdidos mas resumirei tal fato...Vinha eu voltando de uma festa em busca de um taxi que me leva-se pra casa em segurança, era demanhãzinha e o táxi ficava a uma quadra da onde eu estava. Eu estava com um vestido muito sensual, tinha também bebido e estava voltando pra casa: alguns disseram: dando sopa na rua...mas independente disso, surgiu um homem numa moto e me assustou dizendo que tinham dois ladões vindo pra me assaltar e que poderia me ajudar... eu apurei o passo fiquei com medo, olhei pra traz e vinha vindo mesmo dois caras, tive muito medo e este homem com uma voz mansa e parecendo realmente querendo me ajudar disse que me levaria até o ponto de taxi...uma quadra dali eu subi na moto afinal era uma ocasião que se correr o bixo pega e se ficar o bixo come...tem um monte de gente na época que dizia assim: a mas também tu aceitou carona de um estranho...final de caso: depois que eu subi na moto ele acelerou tão forte e começou a andar pela cidade ignorando o que eu falava, eu pedi socorro, chorei implorei gritei e não adiantou ele só disse uma hora encostando na minha perna de uma forma terrível: que só iamos dar uma voltinha e pegou uma estrada meio deserta, rumo a um mato...
Eu no apice do medo, do constrangimento da humilhação e sabendo que lógicamente ele iria me estuprar, me atirei da moto perto de uma casa e pedi ajuda...ele voltou com a moto e penso que ia passar por cima de mim...mas as pessoas ouviram meus gritos e me ajudaram e ele foi embora rumo ao mato este... a polícia até hj não me chamou, não descobriu e não deu em nada. Eu até hoje tenho umas cicatrizes dentro e fora do meu corpo, depois desta violência que acorreu foram muitas as vezes que ouvi pérolas de pessoas que culpam minha atitude de andar sozinha, de vestido e alcoolizada como se a culpa fosse minha e não do homem que me enganou pra eu subir na moto e que com certeza me estupraria...na melhor das hipóteses me deixaria viva, ou me enterra-se lá no mato mesmo.
Então minha gente até que ponto vamos continuar fazendo de conta que as violências podem ocorrer caso as vitimas sejam mulheres? Esse universo masculino e esta questão do poder fazer, decide todo o dia em tribunais o destino de homens que oferecem riscos a sociedade. Que não fiquemos assistindo dentro da tranquilidade de nossos lares, uma mulher sendo violentada e achando que o amor é lindo e que isso é normal. Não é lindo, se sentir ultrajada, humilhada não é lindo perceber que não se é respeitada a sua vontade. Por isso BBB, também não pode ser espaço de formação de cultura inútil que ao menos nos manifestemos de forma sensata quanto a uma barbaridade destas.E que não tenhamos mais Daniels que pensam que podem hostilizar as mulheres.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Porque esta e não aquela?O maldito mapinha afetivo...


Outro dia me deparei com uma indagação...porque desejamos tal pessoa?
Porque está e não aquela? Ás vezes sabemos que canalizando nossas energias afetivas para tal pessoa teremos muito mais chances de encontrar pedras no caminho do que flores. Já uma outra pessoa pode nos oportunizar um porto seguro...e mesmo sabedor disto insistimos na embriaguês de gostar de quem não gosta da gente. Mas não adianta; a vontade de pensar vêm e inunda qualquer chance de sermos auto cuidadores de nossos devaneios.
Uma explicação plausível tive outro dia de uma das minhas sexólogas preferidas: a Regina Navarro Lins ela explicava que durante grande parte da infância admiramos certas caracteristicas em algumas pessoas que nos são referências...sejam professores, cuidadores, familiares, amigos e aí montamos um mapa afetivo com as principais destas características e um belo dia lá, quando o culpido nos flecha é exatamente quando algumas destas caracteristicas adormecidas no inconsciente de nosso mapinha amoroso; aflora num determinado ser. Aí tudo acontece: aquelas projeções sobre um ser, aquela adoração insana por o jeito de falar, de sorrir ou qualquer outra coisa que um relez mortal faça é motivo de ficarmos divagando uma noite inteira com as amigas,( e como é chato quando aquela amiga(a) conta pela mílésima vez como foi o primeiro beijo se é que esse aconteceu).
Bom mas estar apaixonado embora bobo é bom....eu quando estou assim não tem o que me aborreça os piores dias de trabalho, de confusões familiares ou de ensimesmamento são atenuados pela imagem de quem desejo , pela recordação das últimas palavras, pelo cheiro que ficou no travesseiro ou pela ansiedade de ter uma próxima vez.
O pior é quando este estado de paixão passa aí percebe-se que aquelas caracteristicas que antes obstaculizavam nossa realidade, hoje precisam de lupas para ainda serem percebidas.
Tomara que todos possam se apaixonar assim ou se reapaixonar, porque é um sentimento sincero que dá um frio na barriga, dá uma sensação de precisar ser aceito na sua subjetividade ser correspondido e fazer coisas para garantir a manutenção da atenção do outro.
Que em 2012, os mapinhas afetivos estejam em alta e garanta a felicidade de muito coração solitário, que te faça parar em qualquer hora atribulada do dia a dia e venha um sorriso e a vontade de ligar e dar um oi e quem sabe marcar um happy hour ou qualquer outra coisa legal que se possa fazer com aquele serzinho especial. E que se estejamos sendo atropelados por relações afetivas tóxicas, que nos fazem mais mal que bem percebamos ao redor, pois tem sempre alguém por aí que pode fazer nosso dia mais feliz.