quinta-feira, 21 de maio de 2009

uM TEMPO BOM QUE NÃO VOLTA MAIS!!

Confesso... sou (fui) geração coca-cola, brinquei de pogobol, ovo choco, olhei bozo, usei kichute, enfrentei a armação limitada e, o pior, a coisa mais horrenda que já passou pela nossa televisão, provavelmente um primo gordo de Alf, o eteimoso: o amável fofão. Foi a minha geração que um dia descobriu que vovó Mafalda era homem e mesmo assim sobreviveu, embora depois disso muitas descobertas se tornariam extremamente desinteressante.Muito joguei Atari e, acreditem, achava o máximo salvar a galinha em plena rodovia movimentada. Pac Man, enduro, free way nos deixava atônitos frente a televisão. Barbie, pokemon? Que nada... gostávamos dos ridículos cabeçudinhos, os duros playmobil. Jogávamos taco, super trunfo, river raid, etc...tomávamos quick e comíamos chocolate em tempos em que milkbar ainda se chamava Lolo, Crunch chamava Kri e existia os cigarrinhos de cacau.Tempos de papel de carta, calça fuso e de jogar Stop. Na tv he-man, caverna do dragão, smurfs, topogigio, sítio do pica-pau amarelo, balão mágico e Xuxa. Jogávamos war, banco imobiliário e jogo da vida...ah, se nosso jogo na vida real fosse tão simples! Brincávamos “de Mês”, passa anel, vai-e-vem, bilboquê e discutíamos, no esconde-esconde, se podíamos ou não “salvar todos”. Nossos pais agüentaram berros clamando “pelos poderes de greyskull”, “forma de mamute de gelo”, “super mouse amiiiigo...”e “tander, tander, tandeer cat’s hoooooooo...” sinais de uma esquizofrenia anunciada? Talvez...De lá pra cá muita coisa mudou. Confesso, como louco confesso, que já quebrei o braço, bebi, chorei por amor, magoei pessoas que amo, discuti por bobagem, senti vontade de deixar tudo pra trás, me arrependi, pedi desculpas, perdoei, escondi meus sentimentos, capotei de carro, acampei, fiquei acordado por mais de 24 hs, nadei de madrugada na piscina, traí, desliguei meu cel pra não me pertubarem, agi por impulso, passei trote, colei, dei cola e troquei de prova na escola, comi rã, li muito, tomei banho de chuva...etc... e tudo isso, de uma maneira ou de outra acabou me constituindo da maneira que sou. Sequelado, louco, amigo, enfim... como diria o caetano, “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é!”

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