quarta-feira, 22 de setembro de 2010

UM BRINDE A ARTE...


Estou a brindar sólita com uma taça de vinho a arte e a beleza...

Isso porque hoje tive o prazer de prestigiar uma das Papisas do Serviço Social, Drª Maria Lucia Martinelli, uma senhora adoravel um gênio, que com sua doce presença no Seminário Comemorativo aos 10 anos do meu curso na Unifra ministrou uma palestra que podia durar o dia todo de tão interessante...


Uma das considerações desta foi a importância dos assistente sociais, aguçar sua sensibilidade através da arte, da poesia, do teatro, da música enfim do apreciar o belo, pra assim moldar seu instinto natural de debruçar se sobre os problemas cotidianos dos sujeitos e endurecer se diante de tantas desgraças que chegam no espaço sóciocupacional...


Através da apreciação da arte, souvermos da leveza necessária para ampliar nossa visão de mundo e descortinar a névoa, que obstaculiza o diálogo, capaz de atenuar uma circunstância dificil que o outro esteja passando...diante dos determinantes maiores que nós...


Também brindo a uma amiga, Daniela Neu poetisa que me permitiu dividir neste espaço virtual um pouco de sua sensibilidade, sua arte...Parabéns...





Monólogo(Daniela Damaris Neu)


Ai, dor de mim que não me deixa,dor de mim que me acompanha...


Qual dor será maior, amor meu,


a dor de perder-te pouco a pouco,em angústia e comoção,


ou a de sequer te ter pra te perder?


Tenho um pouco de ti, amor, um pouco, ao menos?


A dor maior, amor, é ter de calar um rio de lágrimas


em meu peito sofredor, lágrimas sôfregas,


lágrimas caladas em madrugadas de não-solidão


nos recônditos de um coração partido, amor, em teu favor, em nosso...


Não te vás, amor meu, que é cedo,e o medo, amor, é parte também de mim...


Não vás, ainda, não, não vás...


Que em nosso enredo, sequer em pensamento, não cabe morte, não cabe fim.


Meus olhos, amor, já não sorriem.


Guardam-se para ti. Sorriem os lábios, embora ressequidos...


Mas os olhos, amor, refúgio de lembranças,


guardam-se só pra ti, amor meu.


Meu corpo é um jardim sozinho sem poda, sem rega,com minhas mornas lágrimas por único alimento...


As flores em mim se fecharam, amor, murchas e abandonadas,


aguardam raios de sol pra reabrir...


Não te vás, amor, é tão cedo...


Deixa que te proteja em meu colo,


que te acarinhe os cabelos...


Deixa que te ame em silêncio,até que aponte a primavera,outra vez, em notas de doce emoção.


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